segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fuga..(perdida)

Se pudesse me atiraria, me jogaria perdida,  sem fim neste horizonte imenso.

A cada dia que passa, amo cada vez mais esta decisão de ser do destino, de não ter oportunidades certas.

Vontade de não poder prever oque acontecerá em minha vida.
Desgosto por estar presa a esta insatisfação,infelicidade de continuar aqui.

Em um teto, em um quarto, com desejos anseios e talvez sonhos rasgados e esperanças falhas.

Nada é suficiente, não sou feliz

Não consigo e não posso mergulhar em sentimentos de laços concretos..sinto em meu interior a necessidade de seguir em minhas ilusões, em minha passagem.


Quero voar, quero fazer o impossível, ser efêmera...sentir o vento em meu rosto como se fosse a ultima vez.

Largar tudo, não ser de ninguém.
Não ter ninguém...

Esquecer
Não ter consciência, ter paixão
ter alegrias distintas,
Sabores diferentes

e no fim poder dizer que tudo foi apenas uma realização inata do meu ser..De minha personalidade.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

O calor!

Eu nunca vou esquecer de aquecer!
Aquecer meus pensamentos , minha vontades,aquecer a vida!


Aquele pobrezinho não tinha culpa, mas estava atirado no chão, caído, desolado e sem perspectivas de vida.

Geladinho, tentei aquece-lode todas a formas, era um gatinho tão bonitinho!
Já estava fazendo planos, cogitando um nome próprio a ele, e com a palma de minha mão tentava aquece-lo.
Trouxe próximo a meu corpo, pensei em como seria doloroso a ele estar naquela situação.

O que ele estava sentindo?
Seu miadinho quase que sussurrado me exprimia força, vontade de viver,ele estava lutando de alguma forma e eu seria talvez seu elo para a vida.

Coloquei-o em uma caixinha cheio de cobertas, mantas e nada do bichinho esquentar.

Então só me restou a esperança, depositei nele a confiança de que sua força o traria de volta.

Porém, ele não resistiu e deixou as cobertas.

Anômimo

Como em um dia normal, desponto para o trabalho.
O sono quase me atrasou, mas consegui chegar  a tempo, porém fiquei sem o meu consolo de todas as manhãs: O café.
Manhã chuvosa  o ponto de ônibus vazio e muitos assentos disponíveis o que já me deixou de bem, pensando em um longo dia a frente sem transtornos.
São longos os 15 min do trajeto até o vinculo empregatício, observo as ruas molhadas  e o pessoal correndo até seus postos de trabalho, saindo de casa, com aquele guarda chuva inesperado.
Escutando uma musiquinha  fico lembrando os bons tempos,os tempos passados e um futuro incerto que me aguarda. É tão banal se pensar olhando a janela pensativa, sem piscar e sem perceber ao menos quem está sentado ao seu lado.
Chegamos.Corro desesperada da chuva, das poças, espero ao atravessar esta maldita rua que até parece uma armadilha, no qual motoristas mal educados não nos dão  preferência.
Enfim chegando ao corredor perto da entrada de meu posto de trabalho, uma maca me acompanha recheada com um corpo coberto por uma lençol, chamando a minha atenção e de várias  pessoas que cruzavam por ali, estas anonimas porém com mesmo pensamento que o meu.
O que aconteceu?
Mais um para conhecer a incógnita da morte.
Vários questionamentos e só uma curiosidade.
Mas quem é esta pessoa??
O que era para a sociedade?O que ela pensava?Tinha sonhos de certo?
O pesar desta família deve ser o único entre todas nesta manhã.
Mas a minha preocupação era saber, se esta pessoa anonima para mim viveu o suficiente, morreu feliz ou ao menos foi feliz??
Fica a dúvida!!!