terça-feira, 9 de outubro de 2012

Anômimo

Como em um dia normal, desponto para o trabalho.
O sono quase me atrasou, mas consegui chegar  a tempo, porém fiquei sem o meu consolo de todas as manhãs: O café.
Manhã chuvosa  o ponto de ônibus vazio e muitos assentos disponíveis o que já me deixou de bem, pensando em um longo dia a frente sem transtornos.
São longos os 15 min do trajeto até o vinculo empregatício, observo as ruas molhadas  e o pessoal correndo até seus postos de trabalho, saindo de casa, com aquele guarda chuva inesperado.
Escutando uma musiquinha  fico lembrando os bons tempos,os tempos passados e um futuro incerto que me aguarda. É tão banal se pensar olhando a janela pensativa, sem piscar e sem perceber ao menos quem está sentado ao seu lado.
Chegamos.Corro desesperada da chuva, das poças, espero ao atravessar esta maldita rua que até parece uma armadilha, no qual motoristas mal educados não nos dão  preferência.
Enfim chegando ao corredor perto da entrada de meu posto de trabalho, uma maca me acompanha recheada com um corpo coberto por uma lençol, chamando a minha atenção e de várias  pessoas que cruzavam por ali, estas anonimas porém com mesmo pensamento que o meu.
O que aconteceu?
Mais um para conhecer a incógnita da morte.
Vários questionamentos e só uma curiosidade.
Mas quem é esta pessoa??
O que era para a sociedade?O que ela pensava?Tinha sonhos de certo?
O pesar desta família deve ser o único entre todas nesta manhã.
Mas a minha preocupação era saber, se esta pessoa anonima para mim viveu o suficiente, morreu feliz ou ao menos foi feliz??
Fica a dúvida!!!

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